Entrevistas

HOME

terça-feira, 24 de novembro de 2015

{Resenha} Eu Estive Aqui, de Gayle Forman

Sinopse: Quando sua melhor amiga, Meg, toma um frasco de veneno sozinha num quarto de motel, Cody fica chocada e arrasada. Ela e Meg compartilhavam tudo... Como podia não ter previsto aquilo, como não percebera nenhum sinal?
A pedido dos pais de Meg, Cody viaja a Tacoma, onde a amiga fazia faculdade, para reunir seus pertences. Lá, acaba descobrindo muitas coisas que Meg não havia lhe contado. Conhece seus colegas de quarto, o tipo de pessoa com quem Cody nunca teria esbarrado em sua cidadezinha no fim do mundo. E conhece Ben McCallister, o guitarrista zombeteiro que se envolveu com Meg e tem os próprios segredos.
Porém, sua maior descoberta ocorre quando recebe dos pais de Meg o notebook da melhor amiga. Vasculhando o computador, Cody dá de cara com um arquivo criptografado, impossível de abrir. Até que um colega nerd consegue desbloqueá-lo... e de repente tudo o que ela pensou que sabia sobre a morte de Meg é posto em dúvida.



Oi, galera, como vão? Hoje, como vocês já perceberam trago a resenha de um livro não muito conhecido de uma autora já um tanto falada. Sou suspeita para falar sobre qualquer livro da Gayle, afinal, sou apaixonada pela escrita dela. Mas vamos lá!

            Começo deixando claro que realmente gostei do livro, embora alguns fatores tenham me incomodado do começo ao fim. Pode-se dizer que Eu Estive Aqui é uma espécie de “livro para adolescentes” que não foi muito bem desenvolvido para este público. Eu gosto muito de livros em que você ri, chora, se descabela, e grita, porém, em Eu Estive Aqui se você soltar três gargalhadas considere-se muito bem humorado. Entendo que o livro tem uma pegada muito mais séria, por se tratar de um assunto bem delicado (suicídio e depressão), mas a quantidade de livros que tratam sobre estes mesmos assuntos com essa mesma seriedade é gigantesca, então uma escrita mais leve seria muito bem-vinda.

            Um dos pontos mais fortes do livro é o desenvolvimento e evolução do relacionamento entre Cody e Ben. Desde o comecinho do livro até a última página, cada conflito, cada conversa e cada momento são descritos de maneira simples, mas real e tocante. Admito que no começo, achei a Cody o maior pé no saco, birrenta, mal humorada, grossa, arrogante e por aí vai, no entanto, até o final do livro você entende os motivos por ela agir de tal maneira e muito provavelmente, sente que faria o mesmo se estivesse no lugar dela.

            Um fato interessante no livro é que mesmo Meg sendo uma personagem morta (que palavras frias, me perdoem), você a conhece perfeitamente, graças às memórias de Cody e de todos os outros que estiveram de alguma forma ligados a Meg. Queria fazer um parágrafo gigante só sobre o Ben McCallister, mas vou me conter em algumas palavras: o Ben é um personagem muito singular, tanto na aparência descrita quando nas maneiras e manias estranhas, como os grunhidos e as retrações repentinas e isso tudo fez com que eu gostasse muito dele e sentisse como se ele fosse algum conhecido meu.

            Eu diria que o desenvolvimento do livro foi muito bom, com começo, meio e fim bem definidos e por mais que o final possa ser decepcionante para algumas pessoas, eu não percebi que a intenção da autora tenha sido criar toda uma atmosfera para uma grande surpresa no final, então, o modo como ela ligou os pontos e deu um fim na trama não foi surpreendente, mas correspondeu ao que havia sido exposto.

            Por fim, gostaria de citar outros fatores fortes do livro: o modo com que o assunto principal é tratado é comovente e toda a história da amizade de Meg e Cody é quase tangível de tão bem formulada; Mesmo falando sobre suicídio, o livro não tem aquele melodrama excessivo típico desse tipo de leitura, ponto para Forman; todos personagens são bem reais, possuindo defeitos e qualidades que percebemos em várias pessoas do nosso cotidiano.


            Agora, por fim mesmo, espero ter despertado o interesse de vocês e que tenham gostado da resenha, vale muito a pena ler Eu Estive Aqui (e todos os outros livros da Gayle). Abraços e beijos, até a próxima!


Nenhum comentário:

Postar um comentário