Sinopse:
Quando sua melhor amiga, Meg, toma um frasco de veneno sozinha num
quarto de motel, Cody fica chocada e arrasada. Ela e Meg compartilhavam tudo...
Como podia não ter previsto aquilo, como não percebera nenhum sinal?
A pedido dos pais de
Meg, Cody viaja a Tacoma, onde a amiga fazia faculdade, para reunir seus
pertences. Lá, acaba descobrindo muitas coisas que Meg não havia lhe contado.
Conhece seus colegas de quarto, o tipo de pessoa com quem Cody nunca teria
esbarrado em sua cidadezinha no fim do mundo. E conhece Ben McCallister, o
guitarrista zombeteiro que se envolveu com Meg e tem os próprios segredos.
Porém, sua maior
descoberta ocorre quando recebe dos pais de Meg o notebook da melhor amiga.
Vasculhando o computador, Cody dá de cara com um arquivo criptografado,
impossível de abrir. Até que um colega nerd consegue desbloqueá-lo... e de
repente tudo o que ela pensou que sabia sobre a morte de Meg é posto em dúvida.
Oi, galera, como vão? Hoje, como
vocês já perceberam trago a resenha de um livro não muito conhecido de uma
autora já um tanto falada. Sou suspeita para falar sobre qualquer livro da
Gayle, afinal, sou apaixonada pela escrita dela. Mas vamos lá!
Começo
deixando claro que realmente gostei do livro, embora alguns fatores tenham me
incomodado do começo ao fim. Pode-se dizer que Eu Estive Aqui
é uma espécie de “livro para adolescentes” que não foi muito bem
desenvolvido para este público. Eu gosto muito de livros em que você ri, chora,
se descabela, e grita, porém, em Eu Estive Aqui se você soltar três gargalhadas
considere-se muito bem humorado. Entendo que o livro tem uma pegada muito mais
séria, por se tratar de um assunto bem delicado (suicídio e depressão), mas a
quantidade de livros que tratam sobre estes mesmos assuntos com essa mesma
seriedade é gigantesca, então uma escrita mais leve seria muito bem-vinda.
Um dos
pontos mais fortes do livro é o desenvolvimento e evolução do relacionamento
entre Cody e Ben. Desde o comecinho do livro até a última página, cada
conflito, cada conversa e cada momento são descritos de maneira simples, mas
real e tocante. Admito que no começo, achei a Cody o maior pé no saco,
birrenta, mal humorada, grossa, arrogante e por aí vai, no entanto, até o final
do livro você entende os motivos por ela agir de tal maneira e muito
provavelmente, sente que faria o mesmo se estivesse no lugar dela.
Um fato interessante no livro é que
mesmo Meg sendo uma personagem morta (que palavras frias, me perdoem), você a
conhece perfeitamente, graças às memórias de Cody e de todos os outros que
estiveram de alguma forma ligados a Meg. Queria fazer um parágrafo gigante só
sobre o Ben McCallister, mas vou me conter em algumas palavras: o Ben é um
personagem muito singular, tanto na aparência descrita quando nas maneiras e
manias estranhas, como os grunhidos e as retrações repentinas e isso tudo fez
com que eu gostasse muito dele e sentisse como se ele fosse algum conhecido
meu.
Eu diria
que o desenvolvimento do livro foi muito bom, com começo, meio e fim bem
definidos e por mais que o final possa ser decepcionante para algumas pessoas,
eu não percebi que a intenção da autora tenha sido criar toda uma atmosfera
para uma grande surpresa no final, então, o modo como ela ligou os pontos e deu
um fim na trama não foi surpreendente, mas correspondeu ao que havia sido
exposto.
Por fim,
gostaria de citar outros fatores fortes do livro: o modo com que o assunto
principal é tratado é comovente e toda a história da amizade de Meg e Cody é
quase tangível de tão bem formulada; Mesmo falando sobre suicídio, o livro não
tem aquele melodrama excessivo típico desse tipo de leitura, ponto para Forman;
todos personagens são bem reais, possuindo defeitos e qualidades que percebemos
em várias pessoas do nosso cotidiano.
Agora, por
fim mesmo, espero ter despertado o interesse de vocês e que tenham gostado da
resenha, vale muito a pena ler Eu Estive Aqui (e todos os outros livros da
Gayle). Abraços e beijos, até a próxima!
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